Dante se faz cada vez mais presente na barriga que se
arredonda e desponta. Tenho a sensação de que tinha uma barriga deste tamanho
no dia em que a Teresa nasceu, e não 2 meses antes do nascimento.
Movimentos intensos, muuuitas mexidas. Aquele pezinho na
costela que faz a gente ver estrelas no meio dia, mas que ao mesmo tempo dá a
plena certeza de que tem vida ativa aqui dentro. Eu gosto de estar grávida,
gosto muito! Tirando o enjoo inicial, não tive nenhuma intercorrência, não
sinto dores crônicas nas costas, não tenho as pernas inchadas, os exames estão perfeitos,
nada de azia, meu cabelo não tá caindo, tudo ótimo. E que bom saber que está
tudo muito bem no meu momento ‘Dona Redonda’.
E agora, com certo gosto de despedida, pois é bastante provável
que a gente não tenha mais filhos. Em vários momentos me pego pensando que
experimento todas essas sensações da gestação e do início da maternagem pela
última vez. Muito provavelmente terei o mesmo sentimento em relação ao prazer
imenso que é amamentar, apesar das dores e da falta de jeito inicial. No último
fim de semana uma querida amiga fotógrafa registrou nossa família, eternizando
em imagens o momento em que vivemos. A interação da Teresa com a gente e com a
barriga, dando beijinhos e fazendo carinho. Ansiosa pelo resultado, sei que
vamos rever essas fotografias muitas vezes, no álbum que o papai há de montar,
dando seguimento ao projeto, por ora super bem sucedido, de organizar as fotos
da casa.
Eu sei que passa muuuito rápido, que é tão intenso e que vou
morrer de saudades. E por isso quero aproveitar cada minuto. Daqui a bem pouco
tempo o Dante estará do lado de fora e será ainda mais legal. Um bebezinho nos
braços, os primeiros sorrisos, aquela mini mãozinha que aperta nosso dedo,
aquele cheirinho que dá vontade de engarrafar, uma vida inteira pela frente para aprender tudo. Ai, ai.. Parece piegas, e é. E todos
os clichês passam a fazer sentido.