terça-feira, 28 de maio de 2013

De volta

Foram duas boas semanas entre comidas, cultura e compras. Nesse tempo, Teresa se comportou muito bem. Aguentou os vôos, os passeios, as compras e muito mais. Aproveitou de gostos e sensações provadas e vividas pela mãe. Nessa viagem, transformações visíveis aconteceram.

A barriga da mãe cresceu muito e rápido. Nossa menina vai ganhando peso e se desenvolvendo. E ela também vai pulando muito. O que antes eram pequenos soluços de noite, agora são pulos fortes, sem hora, que tornam deliciosos os momentos dos dias. Sensações que não me canso de sentir e de me emocionar. Nada como repousar a mão na barriga da mãe e sentir minha filha brincar lá dentro. Viajo em seus movimentos e me tomo de uma emoção que não conhecida. Amo amar o que ainda não vejo, mas sinto, não só no toque, mas no coração.

Na viagem, as avós puderam travar os primeiros contatos com a netinha e esse mundo de toques e pulos. Sorrisos que transformaram em crianças essas duas mulheres. Bom demais poder compartilhar esse carinho durante uma semana inteira. Ver a pequena Teresa gerando tanto amor, paixão e cuidado. Ver o mundo ao redor daquela barriga se transformar. Família e amigos vivendo os momentos juntos. Compartilhando da emoção do toque, das fotos 3D, das preocupações com as consultas, com os exames, com o bem-estar desse pequeno ser que vai ficando cada dia mais presente.

Entramos no último trimestre ao som de Beatles, que veio embalando nossa pequena menina na longa viagem de volta, direto do iPod do pai. Nessa louca trajetória, até agora, cada momento foi lindo. Nesse domingo, desfazendo as malas, percebi que Teresa já tem seu guarda-roupa, suas coisas, suas roupas, seus sapatos, seus brinquedos. Só que muito antes, descobri que Teresa tem mais que bens materiais.

Muito antes de malas, viagens, enxoval, compras, Teresa tem a sorte de estar cercada por gente que a ama e que aguarda seu nascimento para poder mostrar a essa pequena garota o quanto existe de amor para ela nesse mundo. Sinceramente, esse é o melhor e maior presente que minha filha poderia ganhar.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Os 5 dedos

Está tudo bem. Tudo se formou na mais perfeita ordem. Teresa está no tamanho e no peso certo, com todos seus órgãos formados de maneira correta. Ontem, enfrentamos a ultra mais importante dessa jornada, a morfológica. Durante mais de meia hora, ouvimos a formação de cada órgão, de cada pedacinho da nossa pequena menina. A cada zoom, a cada modificada de ângulo, uma boa notícia. Ela está em ordem, cheia de saúde e sapeca.

Muito sapeca! Nossa pequena menina quase não se revelou no 3D. Vimos muito pouco dela, apenas um perfil encantador e apaixonante, onde percebemos que ela puxou um pouco mais o pai (que azar!). Nossa menina estava com os pés na frente da cara, como uma bailarina, o que impedia uma maior visualização. No ultra normal, vimos ela abrir e fechar a boca, vimos seus olhos, mas no 3D, a moça só se revelou de perfil.

Isso não teve a menor importância. Dia 3 de junho tem mais uma e aí, se dona Teresa deixar, vamos vê-la em mais dimensões. Até lá, é dormir fascinado, com a mão na barriga da mãe, curtindo os chutes que ficam mais fortes. Até lá, os papos continuarão e a festa também. Vamos acompanhar o crescimento dessa pequena menina de 27 centímetros e pouco mais de 570 gramas.

Para nossos leitores, nossa viagem vai dar uma pequena parada de duas semanas, para Teresa curtir um pouco o descanso com os pais. Voltamos no dia 27 ou em edição extraordinária. 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Mexeu

Foram pequenos soluços sob a pele. Saltinhos sentidos no toque. Impulso que mudaram a noite. Vibrações que me fizeram feliz. Pela primeira vez, estava sentindo minha filha mexer. Foi demais! Cheguei tarde da aula de Pós Graduação e, como sempre, procurei o colo das minhas meninas para descasar um pouco. No meio da conversa, a mãe interrompeu para dizer que Teresa estava do lado direito da barriga, bem próximo a minha cabeça. Eu tinha conversado com ela um pouco antes e, segundo a mãe, pelo jeito ela gostou e ficou mais próxima do pai.

De repente, nossa menina mexeu! Os primeiros movimentos foram sentidos apenas pela mãe. Rapidamente, aproximei minha mão da barriga e esperei ser presenteado com algo. Não demorou. Os solucinhos eram muitos – pelo jeito Dona Teresa estava a fim de se movimentar – e não paravam.

Aí, já viu... Brilhou o sorriso na cara dos pais, que babando fizeram festa para a festeira Teresa. Dois bobos, sentindo os pequenos pulinhos – os mesmo que nos emocionaram há três meses, no segundo ultrassom – e viajando nos movimentos. Acho que fiquei tão empolgado que foi difícil dormir depois.

Nossa pequena saltadora estava empolgada. Algo no seu mundo aquático a fez dançar, pular, festejar. Alguma vibração especial colocou minha menina em movimento. Será que vou ter uma menina agitada? Levada? A mãe sempre achou que os meninos são assim, mas desde os primeiros encontros com Teresa, acho que vou ter uma menina diferente. Uma menina que vai dar trabalho aos pais. Algo meio P.S., meio GG com seus poucos anos, com direito a pontos, sustos, mas uma infância de exploração e diversão.

Salta filha, festeja, brinca aí. Explore seu universo. Daqui a pouco, a gente pula aqui do lado de fora de barriga. Daqui a pouco, seu avô te coloca de pé nos ombros dele para você pular no mar. Daqui a pouco, você está subindo em árvores, está sendo arremessada de um lado para o outro da piscina, está jogando bola com seus tios, primos, puxando o rabo da cachorra da sua madrinha (não as do seu Tio Felipe, isso é perigoso demais!), aprontando sobre uma bicicleta. Sentindo como é bom ser criança com energia, pronta para aprontar, para total desespero da mãe.