terça-feira, 30 de abril de 2013

Leitura desde já

Li outro dia que, a essa altura, com 21 semanas, o bebê já é plenamente capaz de ouvir a voz da mãe. Tenho conversado com a Teresa, sem medo de me se sentir boba. Ok, faço isso na privacidade do lar, ninguém vai me ver andando pela rua falando que nem doida com a barriga...! Pensei até em ler alguma história. Estudos mostram que recém-nascidos sugam com mais vigor ao escutar a leitura de um livro que tenha sido lido pela mãe durante a gravidez. A recomendação é pegar um livro que eu goste mesmo, porque é muito provável que ele seja lido inúmeras vezes depois que o bebê nascer, e há grandes chances de essa se tornar a história favorita da minha filha na hora de dormir, mesmo quando ela estiver maiorzinha. O acervo infantil da família está na casa da vovó, no sul. Acho que já é hora de importar os livrinhos pro Rio!


segunda-feira, 29 de abril de 2013

E uma grande certeza


E a cada dia eu tenho mais certeza de que a Teresa veio no momento certo em minha vida, em nossas vidas. Que tudo aconteceu como tinha que ser. Eu não acredito nessas coisas de destino, predestinação, outras vidas, bruxaria, nada disso. Mas se em algum lugar tem alguém escrevendo essa história, o roteiro saiu muito bem caprichado, redondinho, perfeito!

Esse pensamento vem sempre acompanhado pela alegria profunda e pela certeza de estar com o companheiro certo. Tenho a nítida sensação de que lá em casa, quem vai ajudar sou eu. Ele é que vai fazer tudo – ou quase tudo! Já consigo visualizar o pai dando banho, botando pra arrotar, trocando fralda amarradão, paparicando e tudo mais. E eu assistindo a essas cenas, observando apaixonadamente, encantada com esse homem incrível. Nem quero fazer muita propaganda (vai que começa a dar defeito?!) e espero não queimar a língua no futuro, nem esse post é algum tipo de indireta. É só uma plena certeza de que minha filha vai ter o melhor pai do mundo!

Um medinho

Até esse momento chegar eu darei um jeito, mas hoje, enquanto futura mamãe, acho mais difícil falar sobre Deus do que sobre sexo com crianças. Só uma pequena reflexão, que surgiu hoje.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cadê minha 4 Rodas?

Comprar um carrinho de bebê é mais complicado que comprar um carro zero. Carro zero, você vai à concessionária, faz um teste de direção, tem milhares de revistas especializadas, testes comparativos, informações, etc. Outra, sempre desejei uma Ferrari, mas não tenho grana para isso, então me contento com o meu mesmo.

Carro de bebê é bem mais complicado. Tentei recorrer às mães para buscar informações. Aí a coisa complicou. Vieram perguntas como: Você anda muito a pé? Onde ele vai dormir no começo? Sua rua é cheia de buraco? Você pretende viajar muito com ele? Você vai a praia? Qual sua cor predileta? Seu signo?

Perdido, comecei a anotar as sugestões. Tem gente que acha que tem que ser leve, tem gente que acha que tem que ser prático de fechar, tem gente que acha que tem que ser adaptado para várias idades. No começo tem que ser um. Depois você passa para outro. Fecha num clic, encaixa no carro, no bebê conforto, ajusta com a cadeirinha, tem não sei quantas posições de assento, com capa, sem capa, com porta trecos, sem porta trecos, desmancha em partes, some de uma vez só, tem CD player, DVD, ar-condicionado, ABS, porta-copo, pintura metálica, quatro, três, duas, uma roda... São milhares de dados, zilhões de acessórios e designes. Socorro!

Confesso que não faço mínima ideia que carrinho vou comprar. Sei que não gastarei em uma Ferrari, mas posso procurar algo um pouco mais caro que um carro popular. No meio dessa procura, me pego vendo bebês passeando em seus bólidos, analisando o desempenho e tentando chegar a uma vaga conclusão. Estou perdido, e nem cheguei ao berço, que rende mais um post.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Diga 33

Eu gosto da médica que trará Teresa ao mundo. Direta, séria, cheia de informação, agitada, sempre mostrando atenção e nunca se perdendo com papo furado. Alguma dúvida, ela esclarece. As recomendações são sempre explicadas em detalhes. Não faltam folhas de procedimentos, indicações, passo a passo do que se dever fazer, como um verdadeiro manual. Esse método de trabalho me conquistou. Isso me dá segurança. Sei que na hora H, quando a mãe estiver parindo, a Dra. Claudia vai manter todos tranqüilos, seguros e prontos. Pelo que vi – sim, ainda assisto ao “Boas Vindas” –, ela sabe muito bem o que está fazendo. Hoje, entre marcações de ultras, exames, medições, escutas e causos, Dra. Claudia mostrou os batimentos de mãe e filha. Absolutamente opostos, deliciosamente unidos. O melhor som do mundo, ali pertinho, dentro da mais gostosa das barrigas.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Aos 20

Você acha que vai acostumando, mas não vai. A metade do caminho não te dá mais casca ou te deixa menos emotivo. Cada pequena mudança – nesse caso, pequena mesmo – mexe com você. E quando você pára um pouco, está lá, pensando nela, falando dela, imaginando os próximos 40 anos dela.

Queria ter sido pai mais cedo, mas não fui. Teresa veio agora e transformou muita coisa. A minha vontade de viver, meus planos, meus desejos, minha certezas. Sabe quando te dizem que o importante é que venha com saúde? Isso é o que mais quero. Uma menina sadia. O resto, a gente constrói, corre atrás.

Nesse fim de semana, o avô bateu sua primeira foto com a netinha, na praia, foi bem engraçado. É interessante ver como interagimos com Teresa e como ela une todos. Na casa nova, separamos roupinhas, prendemos quadros, imaginamos o quarto, fizemos planos para viagens e celebramos a alegria que essa pequena menina nos trouxe, no dá e nos dará.

Que venham mais 20 semanas, que Teresa venha de forma natural, chorando e cheia de saúde. Que essa fase passe e milhares de outras comecem. Que tudo ocorra naturalmente e com muito amor.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Quase 20

Estamos bem próximos do meio do caminho. Semana passada, Teresa aprontou um pouco e nos deu um susto, mas era só para ser vista. Essa garota gosta de se exibir na TV e vou sofrer muito com isso! Espero que não termine como dançarina do Faustão ou coleguinha do Luciano Huck. Se for para a TV, que vire repórter, ou uma atriz. Panicat jamais!

Mudando de assunto, já que isso pode me causar pesadelos (rs). Não me canso da função de voyeur. Passo os dias observando essa barriga crescer e louco de vontade de que os chutes venham logo. É bom conversar com a barriga, tocar, procurá-la no meio da noite. Ver como muda de dia e na hora de dormir, e observar a mãe perdendo as roupas, as formas, mas, mesmo assim, ser apaixonantemente sexy.

O quarto de Teresa ainda é um amontoado de caixas dos pais. Por enquanto, Teresa ocupa duas gavetas de presentes e umas malas. Sim! Malas. Essa garota herdou várias coisas de titias próximas. Muita roupinha! Agora é hora de sentar, separar, começar a lavar e cuidar. Acho que isso deve acontecer mais próximo de junho, quando finalmente as caixas deixarem o espaço que será ocupado por móveis, sofá cama, berço, cadeirinhas, brinquedos, prateleiras, decorações, um Van Gogh e alguns Banskys que o pai trouxe de Londres para ele, mas que Teresa se apropriará com prazer.

Por enquanto, enquanto não criamos vergonha na cara e aproveitamos as manhãs para caminhar, é ficar nessa boa vida de se esticar no sofá, de bater longos papos e imaginar. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Meio caminho andado

Agora estou entrando na 20a semana, chegamos à metade da gestação! É isso aí, Teresa! Continue crescendo, forte e saudável. É banal, normal, há milênios a humanidade é assim. Claro, eu sempre soube que os bebês vêm das barrigas de suas mães. Mas o fato de pensar que esse serzinho vai sair de dentro de mim por vezes me vem como um pensamento mágico, na linha do miraculoso mesmo. Piegas e clichê, mas é o milagre da vida. Provavelmente ao longo do tempo vou me pegar pensando assim muitas vezes. “Uau, saiu de dentro de mim!”, como se fosse a maior descoberta do milênio. 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Pensando sobre cinema e TV

O pai se preocupa muito com a formação musical da Teresa. Inclusive ele já registrou nesse blog mais de uma vez suas reflexões a respeito desse assunto. Eu amplio a preocupação (palavra forte, mas não encontrei outra mais apropriada) para o setor audiovisual inteiro.

Nós, os pais, ambos trabalhamos em televisão e gostamos disso. Jamais serei daquelas mães que proíbem os filhos de assistir TV a qualquer custo, que atribuem maus comportamentos e ideias equivocadas às equipes de programação dos canais. Muito pelo contrário. Valorizo o que os pequenos podem assistir na telinha, reconheço a importância de desenhos, séries e filmes na minha formação pessoal e profissional. Possivelmente a Teresa não vai assistir TV do mesma forma que a gente – algo em mudança permanente, diante das novas plataformas de exibição. 

Pode ser que ela, no futuro, seja dessas pessoas quem nem possui TV em casa. Mas por ora eu me pego por vezes viajando, zapeando pela programação e ingressando nesse mundo dos canais infantis, julgando desde já o que eu acho bom ou não. E o pensamento voa, mais pra frente, conjecturando sobre em que momento da vida terei o prazer de apresentá-la aos clássicos do cinema. 

Começando pelos infantis, a onda agora é relançar em 3D obras que já fizeram bastante sucesso e que, acho eu, não são atemporais. É o caso de "O Rei Leão", já lançado, que será seguido por outros quatro títulos da Disney Pixar: "A Bela e a Fera", "Procurando Nemo", "Monstro S/A" e "A Pequena Sereia”. Do universo teen, talvez não façam sentido pra ela, mas eu ficaria muito orgulhosa se a Teresa vier a conhecer “Gatinhas e Gatões”, “Garota de Rosa Shocking”, “Curtindo A Vida Adoidado” e “De Volta Para o Futuro”. Ah, e um recado pro pai: “Laranja Mecânica” não é recomendado para menores de 18 anos – é que ele, um dia desses, disse “Tranquilo, com 12 anos ela já vai poder assistir”. 

Um filme não precisa ser didático para ensinar valores importantes na formação das crianças. Todos podem se espelhar em exemplos do cinema para descobrir maneiras de aprender. Sem deixar de se divertir nem se emocionar. Reflexão com entretenimento, acho que o caminho é esse.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A gente não é só comida

Essa semana, a mãe me mandou um artigo d'O Globo sobre a alimentação dos bebês. O que se pode e o que não se deve dar. Qual a idade certa para a criança conhecer certos alimentos? Tenho certeza de que, além da genuína preocupação da mãe com o futuro de Teresa, também existe a preocupação da mãe com o jeito glutão do pai. Ela, com certeza, não quer sua filha enfrentando uma costelinha do Outback com 2 aninhos, nem enchendo a cara de chocolate com 1 ano.

Nas dicas da nutricionista estão:
  • Açúcar: não antes de 12 meses e, de preferência, mascavo. Substituir por frutas.
  • Cafeína: não antes de 5 anos. Café com leite (bem fraquinho), depois dos 2 anos.
  • Enlatados – evitar sempre.
  • Carne de Porco – só depois de 1 ano (cortes magros).
  • Crustáceos – só depois dos 3 anos.
  • Defumados e embutidos – só depois dos 2 anos.
  • Amendoim, nozes, castanhas – só depois dos 2 anos.
  • Margarina – nunca.
  • Manteiga e leite – depois de 1 ano. A gordura vai ser útil para garantir a construção de um sistema nervoso saudável.
  • Mel – Só após 1 ano a Teresa vai provar o delicioso mel do sítio da bisavó Teresa.
  • Queijos não pasteurizados – só após 2 anos.
  • Refrigerante – quanto mais tarde, melhor.

Parece uma coisa impossível de praticar, mas mesmo esse glutão vai tentar cumprir as dicas dessa receita. Sei que não tem como fugir de hot-dog em festinhas ou de um brigadeiro ou até um pequeno copo de Coca-Cola, mas as frutas desidratadas, sucos mágicos do vovô, papinhas e a atenção da mãe – dando bronca no pai descuidado – vão ajudar o crescimento saudável de Teresa.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Barriga

Engraçado esse mundo em que vivemos. Eu aqui de fora, Teresa ali dentro. Eu aqui olhando, falando, cantando, tocando, chorando, esperando... Ela ali, sossegada, protegida, crescendo.

Ontem, no meio do show do The Cure, eu disse: “Esse é o som que seu pai gosta!”. O baixo grave fez minha filha balançar lá dentro. Dentro da mais gostosa das barrigas. Uma barriga mais presente, com quem converso cada dia mais. Carinhos convergem para ela. Toques, afagos, beijos e a alegre sensação da interação pela pele, pelo tato, pelo impacto do som do meu mundo no seu mundo aquático e pela energia que transpõem qualquer obstáculo.

Barriga que vai avançando semana a semana, que vai, semana a semana, mudando nas fotos, nos vídeos, ao vivo. Barriga que tem o poder de fazer sorrir e que concentra tudo que existe de melhor. Barriga que explode em sentimentos e me faz sentir mais vivo. Sou um homem cada dia mais apaixonado por uma barriga.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Presentes pra Teresa

Passamos o feriado em São Paulo, dividindo o tempo entre compromissos musicais e o aconchego de estar perto da família. Teresa ganhou muitos presentes! Cada roupinha, adereço e sapatinho chega acompanhado de muitas boas vibrações e energias; é incrível perceber que o guarda-roupas da mocinha está se formando com a contribuição de tantas pessoas queridas. Obrigada às tias e primas! É muito especial sentir esse carinho todo. E o que a gente quer passar pra ela é exatamente isso, como é bom ter família e amigos por perto – mesmo de longe, como é o nosso caso. E qualquer alegria é multiplicada por mil quando é dividida, compartilhada.

Ela já vem ganhando presentes desde que espalhamos a notícia. Uma coisa mais linda do que a outra! E mesmo quem não mora tão perto participa! Muito divertido chegar em casa e receber do porteiro mais um pacotinho enviado pela tia Erica com os CDs de versões-baby dos Beatles, Paralamas do Sucesso, U2, Legião Urbana e tantos outros que eu nem imaginava que existiam! Algo para ser escutado desde já!

Dar presentes é, há muito tempo, um objeto de estudos a respeito do comportamento humano, sobre o qual se debruçaram psicólogos, antropólogos e especialistas em marketing. Eles descobriram que dar presentes é uma tarefa surpreendentemente complexa e importante na estrutura das relações humanas, ajudando a definir os relacionamentos e fortalecendo os laços com a família e os amigos. Os psicólogos dizem que é quem presenteia, e não quem recebe, que usufrui dos maiores benefícios vinculados a um presente. A pesquisa é complexa. O sorriso de quem recebe o presente ativa o córtex orbito-frontal, logo na frente do cérebro, entre os olhos. Essa ativação transforma o prazer do outro em prazer próprio. Depois disso, ao ver o sorriso na face daquele que recebeu o presente, o presenteador também sorri. Neurônios-espelho no córtex pré-motor fazem com que a gente imite o outro. Trata-se, portanto, de um mecanismo evolutivo que permite que nos estimulemos a fazer o bem ao nos sentirmos melhor.


Enfim, isso tudo pra dizer que a recompensa coletiva para todos nós virá quando Teresa estiver aqui, do lado de fora da minha barriga, preenchendo todas essas roupinhas com seu corpinho cheio de dobrinhas fofas!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Lollapalooza

Teresa viveu seu primeiro festival de música. Foram 3 dias dando trabalho à mãe e recebendo as ondas sonoras em seu mundo aquático. Foram vários os momentos em que os carinhos passaram pelo tato dos pais e pela emoção de estarmos vivendo esse momento delicioso juntos. Ontem, não aguentei e cantei “I Believe in Miracles” ajoelhado, na altura da barriga da mãe, para celebrar o espírito roqueiro da minha pequena.

Seja bem-vinda à lama, ao perrengue, às filas do banheiro, às cervejas caras e quentes, às horas em pé a à felicidade de estar sentindo um grande show. Seja bem-vinda a poesia de Dee Dee (depois te apresento outras dele, um pouco mais pesadas) e aos sons que saem das Fenders e das Gibsons. Vamos ainda a muitos desses. Essa Páscoa foi só o começo. Em setembro temos o Iron no Rock in Rio!