sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Futebol é coisa séria

O que meu filho vai ser? Por quem o Bento vai torcer?

Bom, o leitor desse blog deve ter notado que o grão de bico foi chamado de Bento. Não era, até o post anterior, Francisco? Era sim! Peço desculpas ao leitor atento, que pode ter ficado confuso, mas assim é a vida. Bento é mais uma das opções. Esse menino passeia por Francisco, Davi, Heitor, Bento. Menina, por enquanto continua sendo Teresa, a dúvida se com s ou z, mas sem h (rs). Esse negócio de nome é complicado. Ainda bem que tem mais 32 duas semanas para mudar de opinião mais umas 50 vezes.

Mas esse não é um post sobre nomes, mas sobre uma coisa tão importante quanto. Qual vai ser o time do meu filho? Sou corintiano. Nasci e cresci em São Paulo. Meu pai, santista, nunca foi ligado em futebol, sobrou aos meus tios corintianos a responsabilidade de me fazer gostar de futebol  e escolher um time. Minha primeira referência de futebol é o título do paulista de 1977. Não sabia muito bem o que estava acontecendo, mas lembro do clima diferente na cidade, na casa da minha avó, etc. Depois, acompanhei a Democracia, ia aos jogos, via os caras nos comícios pelas Diretas, etc.

A paixão por um time nasce da troca, um dia vencedor, ídolos (Sócrates, Casagrande, Wladimir, Biro-Biro). A minha nasce no início dos 80 e me acompanha até hoje. Lembro de cada campeonato. Estava no estádio no Brasileiro de 90, no Mundial de 2000, na Libertadores de 2012 e em muitos outros momentos. Quando mudei para o Rio, em abril de 96, fui ao Maracanã ver Corinthians e Botafogo pela Libertadores. Fiz o meu irmão e meu primo Leo serem corintianos depois de um clássico 3 a 3 contra o São Paulo, em 1987.

Para mim, time é mais definitivo que tatuagem. Depois de apaixonar, não tem como mudar. Não consigo torcer por ninguém aqui no Rio, não dá, meu DNA é de maloqueiro. Só que por mais apaixonado, sei que é quase impossível passar isso para meu filho. Ele vai crescer em um estado diferente do meu, vai se relacionar com crianças que não tem a mínima referência do que é ser Corinthians. Não dá para escolher um jogo baba para levar seu filho no Maracanã só para ele ver como seu time é o melhor do mundo. O Corinthians jogos umas 6 ou 7 vezes no Rio – geralmente são 4 – por ano.

Além do ambiente, tem a influência interna. A mãe é Fluminense e gosta de futebol. Tenho certeza que ela vai querer ir ao Maraca com o pequeno Bento para ver o tricolor. Sinceramente, não sei se é uma boa ideia. Sempre fui do povo. Lealdade, Humildade e Procedimento, Mano! Fluminense me parece meio elitista, mas pode ser impressão. Tem ainda a influência dos amigos próximos com filhos, que vão passar em casa para pegara a Teresa para ir ver um jogo do Mengão. Isso também é um risco para o meu projeto “Pequeno Louquinho”.

Bom, o que me resta fazer é tentar levar o grão de bico o máximo para São Paulo, para ver jogos no Itaquerão com os primos paulistas, dar um DVD com o documentário sobre a Democracia Corintiana, apresentá-lo ao Casagrande, ao Neto, deixar o garoto entrar em campo segurando a mão do Alexandre Pato, dizer que qualquer time preto e branco vencendo na TV é o Corinthians e torcer. A briga é quase perdida, mas vai valer a pena. 

7 comentários:

  1. Entrar em campo com o Pato?! Que golpe baixo, papai! Assim o tricolor não vai ter muitas chances...rs!

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  2. podexá que vai ser Curintia! Disso nóis cuida! valeu, mano

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  3. Bento/Francisco/Davi/Teresa vai ser nenseeeeeeeeeeeeeee!!!
    Boto fé no poder de persuasão da mamãe.

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  4. Que nada... Chico Bento/Rosinha vai ser São Paulino, por influência do primo mais velho (Gu)!! Beijos para os novos papais!!!

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  5. Não se preocupe Eugène!!! Os melhores amigos da sementinha serão também corinthianos!!! Rumo ao bando de louquinhos cariocas!!! ;-) Beijocas!

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  6. é curintia,mano.
    não tem como. o tio babão, a vó babona, as historias que você vai contar da Bolotinha pra ele (e a vó era corinthiana roxa), os primos mais fortes, os tios avós, o bisavô e lógico que o casal de tios aqui que com a ajuda da TAM irá sempre pro Rio e trabalhar a paixão do maloqueiro, sofredor!
    Vai Corinthians!!!!

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  7. Mamãe Carla, conte com a ajuda de mais três tricolores nessa missão! Luiz Henrique já canta o hino todo! Beijos!

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