domingo, 20 de janeiro de 2013

A melhor imagem

Acabei de ler o boletim do BabyCenter sobre a entrada da sétima semana. Li os detalhes do crescimento da Teresa/Francisco, que foi promovida de feijão para grão de bico ou, mais romântico, uma uva.

Leio as transformações da mãe, o que ela pode estar passando e que minha uva se mexe o tempo todo lá dentro. Que o fígado produz grande quantidade de glóbulos vermelhos para ajudar a formar a medula.

Leio tudo isso e fico com vontade de entrar no e-bay e comprar uma máquina de ultrassom só pra mim. Para ficar vendo o dia-a-dia dessa revolução que a mãe está vivendo. Como não vou comprar, fico compartilhando a única sensação ter com a uva: o tato!

Somos uma geração de imagens. Somos bombardeados por elas o tempo todo. Somos  imediatos, conectados, viciados pelo movimento. Crescemos vendo televisão. Passamos o dia passeando pela mais diferentes telas e, no meio disso tudo, no meio desse monte frames que bombardeiam as nossas pupilas, acabo encontrando o meu sossego em uma imagem apenas, quase um quadro parado por fora, mas que por dentro, é mais movimentado que qualquer filme de ação.

Tocar, observar, sentir. Sair da velocidade da luz e reduzir para quase o zero absoluto. Entrar no meu universo próprio, numa zona desconhecida, num mundo de gravidade própria. Me deliciar com o toque dos dedos na pele.

Não durmo sem fazer um carinho nela e adoro ficar no ócio, só curtindo essa barriga. Sinto a textura, brinco com os pelinhos, passeio por ela sempre que posso e adoro, no meio da noite, encontrá-la. Me acalma. Me faz feliz. E é muito melhor que qualquer coisa em HiperUltraMaxHD!

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