Acabei de ler o boletim do BabyCenter sobre a
entrada da sétima semana. Li os detalhes do crescimento da Teresa/Francisco,
que foi promovida de feijão para grão de bico ou, mais romântico, uma uva.
Leio as transformações da mãe, o que ela pode estar passando
e que minha uva se mexe o tempo todo lá dentro. Que o fígado produz grande
quantidade de glóbulos vermelhos para ajudar a formar a medula.
Leio tudo isso e fico com vontade de entrar no e-bay e comprar
uma máquina de ultrassom só pra mim. Para ficar vendo o dia-a-dia dessa revolução
que a mãe está vivendo. Como não vou comprar, fico compartilhando a única
sensação ter com a uva: o tato!
Somos uma geração de imagens. Somos bombardeados por elas o
tempo todo. Somos imediatos, conectados,
viciados pelo movimento. Crescemos vendo
televisão. Passamos o dia passeando pela mais diferentes telas e, no meio disso
tudo, no meio desse monte frames que bombardeiam as nossas pupilas, acabo
encontrando o meu sossego em uma imagem apenas, quase um quadro parado por fora,
mas que por dentro, é mais movimentado que qualquer filme de ação.
Tocar, observar, sentir. Sair da velocidade da luz e reduzir
para quase o zero absoluto. Entrar no meu universo próprio, numa zona
desconhecida, num mundo de gravidade própria. Me deliciar com o toque dos dedos
na pele.
Não durmo sem fazer um carinho nela e adoro ficar no ócio,
só curtindo essa barriga. Sinto a textura, brinco com os pelinhos, passeio por
ela sempre que posso e adoro, no meio da noite, encontrá-la. Me acalma. Me faz
feliz. E é muito melhor que qualquer coisa em HiperUltraMaxHD!
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