quinta-feira, 30 de abril de 2015

Não me reconheço mais

Tenho meus momentos/lugares de bagunça, mas com a maioria das coisas sou extremamente organizada. Nunca me esqueci de pagar uma conta, não costumo perder coisas, tenho planilhas de controle de gastos, digitalizo todos os recibos de coisas pagas, tenho agenda de compromissos sempre atualizada e sincronizada com outlook e celular, etc. Posso dizer seguramente que estou acima da média da população nesse quesito. Mas agora, em menos de duas semanas, foram tantos pequenos vacilos que eu só posso atribuir a causa aos hormônios em ebulição, que pelo jeito mexem muito com a cabeça da gente.

Perdi minha carteira de motorista não sei onde (alguém encontrou e me contatou pelo Facebook, mas depois não se manifestou mais), esqueci o cartão do banco no caixa eletrônico, paguei a conta de celular duas vezes no mesmo mês, paguei duas vezes a taxa para renovação do passaporte (e para receber o reembolso é uma burocracia sem tamanho), errei meu CPF ao me cadastrar pra comprar os ingressos pras Olimpíadas, abri uma caixa de leite achando que era água de coco...

O que está acontecendo comigo?! Não sou mais a mesma. Já li que a desatenção e o esquecimento são muito comuns durante a gravidez e não se configuram como um problema médico, embora possam ter origem física. Há até pesquisas que sugerem que o tamanho do cérebro da mulher pode ficar alterado no período da gestação. 

Em um desses estudos, um psicólogo da Universidade do Sul da Califórnia descobriu que as mulheres ficam com a função cognitiva prejudicada durante a gestação - elas não conseguem manter memórias de curto prazo e a concentração, e perdem um pouco da capacidade de reter novas informações. Uma outra pesquisa indicou, contudo, que ratas fêmeas que eram mães aprendiam mais rápido e tinham melhor capacidade de resolver problemas do que ratas virgens. Isso quer dizer que, no longo prazo, eu vou sair no lucro!



quarta-feira, 29 de abril de 2015

29/04/2015

20 meses de Teresa fora da barriga.
21 semanas e 3 dias de Dante dentro da barriga.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Carta para Teresa

Há mais de 1 mês eu comecei a escrever o texto abaixo, mas não terminei. Segue aqui, com algumas semanas de atraso.

--------------------------

Minha querida filha,

Na semana passada você fez 18 meses e eu não me dei conta no dia exato porque no mês de fevereiro deste ano não teve dia 29. Mas isso não é nenhum problema, você mesma puxa o "Parabéns pra você" quase todos os dias, seguindo de "É big, é big, é big! É hora, é hora, é hora! Rá-tim-bum, Tetê, Tetê, Tetê", seguido de "Viva a Tetê!", "Uhu-uhu" e etc.

Você só tem 1 ano e meio, ainda é pequenininha, mas definitivamente já aprendeu que comemorar é uma das melhores coisas da vida. E eu torço sinceramente para que você mantenha essa característica pra sempre. Que continue sendo essa menina alegre, carinhosa, delicada, que veio para ser feliz e encantar a todos com o seu sorriso.

Como o tempo passou rápido...! Ainda me lembro com uma riqueza de detalhes incrível do dia em que nos conhecemos, quando você nasceu (assunto para outro post). Da sua carinha meio amassada, dos olhinhos curiosos, dos vários bocejos. Ficamos todos muitos felizes quando você chegou!

Você mamava bastante, dormia bastante também. Passamos o período todo da minha licença maternidade grudadinhas! A gente passeava quase todos os dias, porque a mamãe aqui nunca foi muito de ficar em casa. Um pulinho no mercado já era um grande acontecimento no meio da nossa tarde. Sessões do Cinematerna, encontros com as amigas que também tinham bebezinhos, almoços com as colegas de trabalho, visitas mensais à pediatra, vacinas.

Você foi crescendo, começou a sentar, comer, engatinhar, falar "pé" (sua primeira palavra!), "mamãe", "papai", "bola", "água". Em seguida veio a fase (que ainda não terminou, ainda bem, porque é muito legal!) de imitar o som emitido pelos bichinhos. Como faz o cachorro? E o gato? O leão, o tigre, a vaquinha, o cavalo, a galinha, o passarinho, a arara (adoro!), o burrinho, o porquinho, a iguana (atualmente minha favorita, com uma muito rápida linguinha sapeca pra fora da boca!), a baleia, o peixinho (glub, glub, glub). Papai é especialmente criativo, inventou barulho inclusive para o camelo.

Quando você completou 1 aninho, nós fizemos uma viagem muito legal pela Califórnia, com seus avós. Foi lá que você começou a ensaiar os primeiros passinhos, ainda segurando em nossas mãos. 1 mês depois você já começou a se aventurar sozinha. E desde então não parou mais! E foi rápido que você passou do andar ainda meio cambaleante à corrida. Treinávamos no chão da sala e passamos a voltar da escola caminhando. De vez em quando você cansava e pedia colo, mas muitas vezes caminhava durante todo o trajeto. Andar firme foi uma meta importante, que te permitiu trocar de escola, pois infelizmente a sua antiga encerrou as atividades.

Te amamentar sempre foi um grande prazer. Eu fiz muita questão de que você mamasse exclusivamente leite materno até 1 ano. Depois disso começaram a rolar umas mamadeiras, o que me deu um descanso e colocou o papai na função noturna de fazer o leite de madrugada e te dar a mamadeira. Com 1 ano e 4 meses você largou meu peito, de uma hora pra outra. Acho que não foi uma simples coincidência, pois quando descobri que estava grávida do seu irmãozinho e fiz as contas, percebi que talvez você tenha parado de mamar exatamente na semana em que eu engravidei. Dizem que muda o gosto do leite, ou o cheiro da mãe, não sei ao certo. Mas fico com a sensação de missão lindamente cumprida. Tenho certeza de que você tem uma saúde muito boa e quase não fica doente por conta da amamentação.

Você normalmente não gosta de dar a mão para andar na rua, o que por vezes é motivo de discórdia. Em ruas movimentadas: ou anda de mãos dadas, ou vai no colo. Não tem muita negociação, mas você ainda não entende o perigo.

Você agora já começa a formar frases. Você já sabe contar até dez e o nome das cores. Já sabe identificar os Beatles (pra extremo orgulho do papai!) e dizer o nome das cidades onde moram os dindos e as avós. E já sabe que, para visitá-los a gente "pega o avião no aeropoto", e que o “avião voa lá no céu”. Já sabe os nomes de todos os bichos de estimação da família e a quem eles pertencem. Já diz o nome de todos os amigos e tias da escola.

Você tem uma gargalhada deliciosa e adora fazer cara de “bicuda” diante do espelho.

Você gosta de dormir mexendo no cotovelo ou na mão da gente e, de pouco tempo pra cá, já verbaliza que quer "beliscá" pra poder pegar no sono. É uma delícia, a não ser quando você está com a unha comprida. Mas aí a gente corta e dá "tchau pra sujeira"! O hábito de beliscar só é um problema quando a mamãe está dirigindo e você no banco de trás, na cadeirinha do carro. 

Às vezes você fala coisas que a gente não entende. Às vezes você pede pra beber água, às vezes "cuco" (querendo suco) ou água de coco. Você gosta (muito) de comer brócolis, milho, tomate, maçã, pera, uva, melancia e panqueca. E tem uma verdadeira paixão crazy alucinada por pão: “Pãozinho, pãozinho!” Eu me preocupo com a sua alimentação e ainda não te dou besteiras pra comer. Até agora tudo corre maravilhosamente bem, você experimenta de tudo e nega bem poucas coisas (mamão e alface não rolam de jeito nenhum!). Espero que você siga se alimentando de forma saudável pro resto da vida, mesmo depois que vier a conhecer os maravilhosos venenos do mundo contemporâneo (frituras, chocolate, refrigerante, etc).

Você adora brincar de esconde-esconde atrás da toalha quando eu estou te secando depois do banho, ou da minha saia, ou da cortina, ou do lençol, ou do sofá.

Você sempre quer mexer no iPad pedindo pra gente ligar pras vovós ou pra ver o vídeo da “minhoca”, do “Tchibum”, da “gotinha”, do “pintinho amarelinho” e, mais recentemente, a música das frutas. Eu e seu pai damos muitas risadas e ficamos com a bendita canção na cabeça: “Amora, amoreira. Tomate, tomateiro, Pitanga, pitangueira. Limão, limoeiro”. E o mais legal é você tentando encaixar todas as outras coisas, frutas ou não, na letra: “Água, agueiro. Melancia, melancieira. Panela, paneleira. Pão, pãozeiro”.

Outra coisa que você pede muito é pra ver o desenho da “Pepa Pig”, mas não foi a mamãe nem o papai quem te apresentou essa porquinha. Em geral a gente diz que ela está dormindo e, pelo menos por enquanto, você acredita.

Você também adora brincar com seus bonecos mascotes olímpicos Tom e Vinícius. Eles moram na sua cama e você fica fazendo eles dormirem e acordarem: “Fecha os olhinhos, Tom. Acorda, Vinícius”.

A gente brinca de ‘dança da laranja’ e de ‘narizinho’, encostando o nariz de uma no da outra e esfregando, como num beijo de esquimó. A gente também monta quebra-cabeça de poucas peças, por enquanto.

Você adora a história d’Os Três Porquinhos! E outra paixão recente são as revistinhas da Turma da Mônica, nas quais você se fixa por longos minutos, de maneira impressionante. Talvez seja super normal, mas a gente fica te achando ainda mais genial por estar “lendo” super concentrada. Você conhece e identifica os personagens principais e fala Mônica de um jeito todo especialmente complicado: “Môncala”.

Você testa a nossa paciência todos os dias, filha, quando decide sair pintando o chão e as paredes da casa, apesar de repetirmos infinitas vezes que só pode "pintar o papel”. Você repete e parece entender, mas a gente desgruda o olho e lá está você com o giz de cera em punho, rabiscando um brinquedo, um livro ou um móvel. Mas você já tem senso de humor e desenhou um bigode na tartaruga. E eu acho isso demais!

Diante da palavra "passear" você vai correndo pra porta de casa e começa a mexer na chave, repetindo "passeá, passeá!"

De vez em quando você joga comida no chão, se recusa a pentear o cabelo, chora pra lavar a cabeça no banho, tira o cinto na cadeirinha do carro, reclama por ter que ficar deitada pra trocar a fralda, mas a gente te ama tanto que nossa paciência cresce junto com você.

Obrigada por ser essa pessoinha doce e carinhosa, que gosta de ficar de preguiça na cama. Uma das melhores coisas da vida é ter sua companhia todas as manhãs, quando a gente acorda. Como é gostoso acordar do seu lado!

Nada melhor do que ouvir você me chamar pra me mostrar alguma coisa ou pra pedir "ajuda" (outra palavra que você repete várias vezes por dia quando não consegue fazer alguma coisa sozinha).

Em breve você vai se tornar irmã mais velha. Imagino que você vá sentir algum ciúme, mas espero que seja carinhosa e tenho certeza de que vai amar profundamente seu irmão Dante.

A vida mudou muito com a sua presença, mudou para o melhor. Ser sua mãe faz todo o sentido, Teresa. Eu não imaginava a forte conexão que teria com você, minha primeira filha, minha pipoquinha, minha fofolete. E eu quero muito curtir plenamente todos os momentos de cada etapa do seu crescimento, principalmente enquanto você é criança, esse tempo mágico, lúdico e precioso.

Eu te amo, filha!

Os movimentos do Dante

Há pouco mais de uma semana senti, pela primeira vez, os movimentos do bebê. É uma sensação totalmente nova e um momento muito especial. Eu me lembro que, na primeira gravidez, fiquei muito angustiada e ansiosa por essa hora, ainda mais com tanta gente perguntando “E aí, já sentiu? Já mexe?” E eu respondia, meio sem graça, “Não, ainda não”.

O “sentir” dá um caráter inteiramente novo para essa relação mãe-e-filho. É uma pena que os homens não possam vivenciar essa experiência. A partir de agora e cada vez com mais intensidade, terei certeza de que está tudo bem lá dentro da minha barriga. Isso porque, até então, a ultrassonografia era o único momento de “visitar” meu filho. Na boa, é bizarro pensar que tem alguém crescendo dentro de você e que, pelo menos até a metade do caminho, tanta coisa tão importante já aconteceu e nenhum sinal externo foi perceptível. Dá vontade de gritar pelo umbigo “Hei, você aí de dentro, dá um sinal de que está aí, vira uma cambalhota pra mamãe, por favor!”.

Depois dos primeiros movimentos, que parecem asinhas de borboleta batendo ou um gás de refrigerante subindo no copo, o mexe-mexe fica mais intenso e mais frequente. Conforme o bebê vai crescendo, a sensação muda, e você começa a sentir trancos e chutes, que vão ficando cada vez mais fortes. O bebê não se mexe o tempo inteiro porque, como todo mundo, tem horas em que ele só quer mesmo é descansar e dormir.

A literatura sobre o tema mostra o que os bebês fazem em cada fase da gravidez:
  • Entre 7 e 8 semanas, os movimentos gerais se iniciam, como viradas de lado e aquilo que parecem sustos.
  • Com cerca de 9 semanas, o bebê já tem soluços, balança uma perna ou um braço por conta própria, consegue chupar e engolir.
  • Com 10 semanas, ele flexiona e vira a cabeça, traz as mãos até o rosto, abre a boca e se estica.
  • Com 11 semanas, a graça é bocejar.
  • Com 14 semanas, o bebê movimenta os olhos.
  • De 20 a 24 semanas, a atividade do bebê vai aumentando gradualmente; a partir de agora, o bebê terá um período mais agitado durante o dia, com muitos chutes e cambalhotas.
  • De 24 a 28 semanas, pode ser que você note agora os soluços, que vão explicar os pulinhos que você vai sentir de vez em quando. O saco amniótico contém até 750 ml de líquido nessa fase, o que permite ao bebê se movimentar bastante. Ele consegue ouvir, por isso você pode perceber que ele reage a barulhos altos.
  • 29 semanas: seu bebê vai começar a fazer movimentos mais definidos e menos bruscos, já que está mais contido pelas paredes da sua barriga.
  • 32 semanas: O nível de atividade chega ao auge. Depois desta semana, você vai notar uma diminuição de movimentos, algo bastante normal devido ao menor espaço dentro do útero para ele se mexer.
  • Cerca de 36 semanas: O bebê pode assumir sua posição definitiva no útero, normalmente de cabeça para baixo. Os principais movimentos que você vai sentir são cotoveladas, chutes e joelhadas  às vezes dolorosos, quando acertam as costelas.
  • De 36 a 40 semanas: Seu bebê vai crescendo e as cambalhotas vão ficando menos frequentes. Se ele estiver chupando o dedo e por acaso o dedo escapar da boca dele, você pode sentir movimentos rápidos da cabecinha virando de um lado para o outro em busca do dedo perdido. Nas últimas duas semanas da gravidez, os movimentos diminuem um pouco, junto com o ritmo de crescimento do bebê. 

Sobre ser mãe de recém-nascido

Gerar um bebê e fazê-lo nascer é, de fato, uma experiência tão avassaladora em tantos aspectos (físico, emocional, psicológico, hormonal…) que durante um tempo a gente se esquece da gente mesmo e passa a viver em função do outro ou, quando já se tem um filho, como é o nosso caso, em função dos outros. Os pequenos prazeres e mesmo as necessidades ficam totalmente em segundo plano. Tudo muda e o que era importante nem sempre é mais.

Agora vivencio de perto a descoberta desse novo mundo por uma amiga bem próxima, recém-mãe, e facilmente me transporto para o passado, relembrando os nossos primeiros dias com a Teresa em casa. Essa amiga me manda fotos do seu filho dormindo, dos detalhes do pezinho que fica mais gorducho a cada semana e eu não me canso de olhar! Pé de bebê deveria estar listado entre as 7 Maravilhas do Mundo. Que coisa mais gostosa!

Não me lembro com exatidão dos detalhes daquela rotina do primeiro mês de vida da Teresa, que continha bem poucas variações entre amamentar muito, segurar para arrotar, trocar fralda e dormir, para em pouco mais de duas horas começar tudo de novo. Era tudo deliciosa e assustadoramente novo e, acreditem, nada tenebroso, como sei que é pra muita gente. Há quem fique traumatizado com a privação do sono, imaginando que nunca mais vai dormir na vida. Mas eu achei tranquilo e, desde então, minha maior crença diante de cada situação envolvendo bebês é que tudo passa, tudo melhora e que vai ficando cada vez mais legal. E com o Dante vai ser tudo novo de novo, mas acho que ainda mais tranquilo. Afinal de contas, a experiência já vivida deve servir pra alguma coisa, né? :-)

Mal posso esperar para ter meu pequeno nos braços, pra passar horas observando cada micro detalhe do seu corpinho, pra vibrar com os primeiros momentos de olhos abertos, pra chorar de emoção com o primeiro sorriso (seja ele reflexo ou não, pouco importa!), pra achar, de novo, tudo o que é tão natural simplesmente o máximo e incrível. 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A metade do caminho

A metade do caminho não significa a metade do carinho, por mais agitada que essa viagem se mostre. Não com Dante, mas com a vida que o cerca. Ainda encontramos momentos de contemplação, mas eles agora são compartilhados com pinturas, leituras, quebra-cabeças, brinquedos, leitinhos e milhões de brincadeiras.

No seu mundo, pelos ultrassons e exames, Dante está crescendo bem e se desenvolvendo. Isso nos acalma. Na terça-feira, senti seus primeiros movimentos – a mãe já estava curtindo isso há pelo menos uma semana. Ontem, de surpresa, enquanto desenhava tulipas verdes e azuis a pedido da Teresa, me surpreendi com o tamanho da barriga da mãe. Está linda!

A próxima ultra inda vai demorar – tinha a impressão que Teresa teve mais ultras. Por enquanto, vejo as imagens do Dante no celular e fico imaginando – entre pinturas, leituras, quebra-cabeças, brinquedos, leitinhos e milhões de brincadeiras – como vai ser o relacionamento desses dois.

Teresa está cada dia mais divertida e interagindo cada vez mais com seus colegas. Minha pequena cantora já sabe que o irmão está na barriga, mas como será quando Dante se concretizar? Não vejo a hora de conhecer essa resposta, mas ainda faltam 20 semanas. Vou ter que esperar, mas na velocidade que o tempo passa e que a barriga cresce, logo as tulipas serão desenhadas a 6 mãos. 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Não se sinta abandonado

Nesse seu mundo aquático, dentro de sua mãe, não se sinta abandonado. Pode ser que os toques não sejam constantes e que não rolem tantas conversas como você queria, mas isso não significa menos amor.

Você não pode ver, mas eu adoro ficar contemplando seu crescimento daqui de fora. Ver a barriga da sua mãe crescer e ficar dia a dia mais redonda. Ela está linda e, no outro dia, sentiu você se mexer. Ainda não tive essa sorte, mas daqui a pouco você vai estar pulando aí dentro, ficando mais apertado e vou poder viver essa emoção.

Enquanto isso, aproveite bem esse escurinho e esse pequeno sossego. Tente não aprontar como a sua irmã, fique na posição e não brinque com o cordão umbilical. Teremos muitos brinquedos para você aqui fora e tenho certeza de que a nossa sala vai ficar ainda mais bagunçada do que está hoje.

Quando você sair, vamos estar juntos por muito tempo. Por enquanto, não se sinta abandonado, se seu pai está sempre correndo e quase não te dá atenção. Ele se cobra por isso, muitas e muitas vezes. Prometo que vou melhorar nas próximas 20 semanas. Não tem nada melhor que esse papo no umbigo da mamãe. 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Nomes em dois tempos

Agora sabemos que vem aí um menino e andamos conversamos sobre nomes. Mais uma vez, Davi e Francisco começaram com força, mas vão sendo deixados de lado – tem muito Davi e Francisco por aí. A mãe queria Heitor, mas eu não gosto. Cícero apareceu e desapareceu rapidamente. Júnior nunca foi considerado e a luta continua. Visitas a sites de nomes, observações de nomes de filhos de amigos, colegas de sala de Teresa, memórias afetivas, etc.

Quem está há um tempo na lista é Dante. Cada vez mais nos apaixonamos pelo nome. Quem sabe essa viagem não termine antes de descermos aos 9 círculos do inferno e nosso pequeno rebento venha homônimo do poeta italiano.

---------
Bom, nada como um texto abandonado por uma semana. Nesse meio tempo, depois de passeio de pedalinho a três e um jantar a dois com direito a um showzinho logo depois – obrigado vovó por cuidar da pequena – e Dante se fez. Ele foi tomando o espaço das nossas mentes e conquistando pai e mãe. Próxima lição, ensinar Teresa a falar o nome do irmão. Que venha Dante, de agora em diante! Que venha com saúde, porque o resto a gente corre atrás e amor, com certeza, não vai faltar. 

Uma verdade sobre o mundo materno

Você sabe que o bebê está respirando, mas mesmo assim vai até lá pra conferir.

18 semanas e Banda do Mar

O tempo tá voaaaando. Recebo o boletim da gravidez informando que nesta semana começa oficialmente o quinto mês de gestação. Uaaau, já?! O Dante (!) deve estar com aproximadamente 15 centímetros de comprimento se medido do alto da cabeça até o bumbum, e já é capaz de sentir e ouvir. Claro que agora tudo o que ele consegue ouvir é a batida do meu coração e os sons produzidos pelo meu sistema digestivo, mas, em breve, vai identificar também barulhos fora do útero e a sua voz. E aí o mundo vai ficando bem mais interessante!

No último fim de semana, relembramos os velhos e românticos tempos de namoro e fomos a mais um show no Circo Voador. Desta vez, Banda do Mar. Mais pelo gosto da mãe do que do pai, que fez um pequeno esforço para ‘suportar’ a falta de voz e de presença de placo da moça cantora. Eu acho que ele curtiu a noite, embalado por pelo trio Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred Ferreira.







quinta-feira, 2 de abril de 2015

É um menino

E a notícia nos deixou muito felizes. Eu já tinha dito que era minha torcida particular. Um garotinho pra completar nossa família. Espero que a Teresa seja tão apaixonada pelo irmão dela quanto eu sou pelo meu. Claro que se fosse uma menina também seria sensacional, duas meninas, irmãs, companheiras, amigas, parceiras. Mas eu torci tanto para que menino fosse e menino é. :-)

Por outro lado, dá um certo medinho. Eu sempre achei que a maioria dos meninos tem uma coisa bruta, mesmo na hora das brincadeiras, que é muuuuito diferente de mim. Mas eu vou aprender e espero me sair bem entre lutas de super heróis e jogos de bola – logo eu, um zero à esquerda no quesito das práticas esportivas.

O debate sobre os nomes prossegue. Opções diferentes surgem de tempos em tempos, vetadas por uma parte ou outra. Eu estava muito empolgada com Inácio, mas o pai não curte tanto. O nome do momento é Dante. Eu tenho gostado dele mais a cada dia e já fico me imaginando gritando pela casa “Teresa, chama o Dante para almoçar” ou “Dante, ajuda a Teresa a guardar os brinquedos”. Sei que não é uma unanimidade mas tenho certeza de que com o tempo todo mundo vai acabar simpatizando.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Você vai ter um menino!

Engraçado. Todo mundo quer saber como é a sensação de saber que você vai ser pai de um menino. Acho que é a questão de perpetuar seu sobrenome, de ter um herdeiro, alguém que levará seus genes para o futuro. Sei lá, tem um peso especial para as pessoas – pelo menos na minha opinião.

Nessas duas semanas de conhecimento, "menino" vem sempre acompanhado de uma grande exclamação. Não sei se no meu caso é porque já tenho uma menina e isso encerra o ciclo do casal, que, aparentemente, tem um grande valor para a sociedade.

Bom, vou ter um menino e é legal pra cacete, mas posso garantir – sem tentar ser politicamente correto – que é tão legal quanto saber que Teresa teria uma irmã. Esse ano e meio como pai de menina tem sido tão sensacional que não me importava com o sexo do futuro rebento.

Menino me dá um certo medo de andar pelo desconhecido, mas seria andar pelo desconhecido no caso de uma menina, afinal, são seres diferentes e o caminho conhecido pode não ser o mais certo nessa segunda viagem.

Bom, não me sinto mais pica ou mais homem por conseguir produzir um menino. Não me sinto mais completo com isso. Me sinto tão feliz como no dia que soube que seria pai mais uma vez. A grande vantagem de saber que terei um menino é limitar a escolha dos nomes a metade.