Definitivamente o dom da palavra é do pai. Eu, a mãe, me encanto
lendo por aqui o que ele escreve. Enquanto a minha barriga cresce aos
pouquinhos, me sinto privilegiada em acompanhar a "gestação" desse
blog.
A nossa primeira viagem de 40 semanas (ou 38 semanas e 5 dias
inesquecíveis), que terminou há quase um ano e meio, foi só o começo de uma
viagem beeeem maior. Pouco depois que a Teresa nasceu, eu escrevi um texto
sobre o dia do parto, momento tão especial e marcante. Não cheguei a postá-lo
aqui, mas está entre as minhas "promessas-de-ano-novo" fazê-lo assim
que o computador estiver consertado.
Essa nova gravidez bate de um jeito diferente, sem tanto tempo para
contemplações e pensamentos elaborados, mas muito querida. A vida se apressa, a
gente se divide entre as tarefas que preenchem o dia e, na hora de dormir, o
sono me vence antes mesmo de conseguir abrir um livro pra ler dois parágrafos.
O pensamento que me consome em torno da gravidez diz respeito a um
desejo profundo de que dê tudo certo, exatamente como foi da primeira vez. Que
não nos falte saúde, que não aconteçam intercorrências e que o parto - o
"grand-finale" desta etapa "indoor" - seja igualmente
tranquilo, calmo e emocionante como foi a chegada da Teresa. Segundo a obstetra
que novamente nos acompanha, em geral os segundos partos são mais fáceis e
rápidos. Tenho que tomar cuidado, portanto, pra não parir no carro, a caminho
da maternidade!
Se o tema "parto" já me encantava durante a outra
gravidez, agora tenho me dedicado a ler ainda mais sobre o assunto. Outro dia, conversando
com uma amiga, ela estranhou meu interesse, argumentado que eu "já sabia
tudo o que ia acontecer". De fato há um certo grau de segurança em não ser
mais principiante. Desta vez, tenho certeza, por exemplo, de que saberei identificar
as contrações, mas confesso que não há menos tensão envolvida.
A plena confiança na médica também me tranquiliza e me faz desejar
o repeteco de um parto normal hospitalar. Essa história de ter filho na
banheira de casa é muito bonita e até poética, mas eu não banco. Respeito as
escolhas de todo mundo, afinal, nada mais pessoal do que a própria pessoa
decidir como quer ter seu filho. Mas torço para que todas possam fazer essa
opção a partir de muita informação recebida.
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