São duas viagens diferentes, mas comparações são
inevitáveis. O que percebo – nessa segunda viagem – é que, além da falta de
tempo livre para grandes divagações, minhas preocupações mudaram muito.
Antes tinha medo de não ser capaz de educar um novo
ser humano. Hoje, ainda tenho medo do resultado final desse caminho, mas
percebo que vou aprendendo dia a dia, momento a momento, e que tateando nessa
jornada, vou vendo sinais que me dão a certeza de que estou acertando mais
que errando – pelo menos, acho.
Nessa jornada, minha principal preocupação é dar à mãe o sossego necessário para curtir essa nova gestação. Com uma criança de 1
ano e quatro meses, isso é uma tarefa complicada, mas quero me empenhar ainda
mais nisso, para mãe ter tranquilidade e para que nossa filha não se sinta
abandonada. Nessa equação, tentaremos – eu e a mãe – mostrar à Teresa que um
novo irmão ou irmã será uma coisa legal e muito bem-vinda. Esse é outro grande
desafio. Não vejo a hora da barriga crescer, para a pequena Teresa também
perceber que uma grande mudança vem aí.
Se os momentos de contemplação são menores, eles se
tornam mais intensos. Serão menos horas jogados no sofá, apenas curtindo o
momento e imaginando o que está acontecendo lá dentro. Esses momentos serão
substituídos por brincadeiras, pinturas, leituras, brinquedos espalhados pelo
chão, mamadeiras, banhos e mais uma porção de tarefas deliciosas que aprendemos
a realizar a três.
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