sexta-feira, 5 de julho de 2013

Cor

Uma parede quase roxa encheu de cor o quarto branco. Nela vai estar o quadro verde de Van Gogh. Logo, ele vai estar pendurado bem em cima do berço que, por enquanto, adormece em caixas. Ainda falta aparafusar o sofá-cama, dar um jeito no gaveteiro, esperar pela cadeira de balanço e torcer para que o armário agüente a movimentação de hoje, para as gavetas retornarem às suas posições e os pequenos sapatos de minha pequena centopeia voltarem ao lugar. Falta também tirar as roupas das malas, passar pela máquina e, depois de lavadas, vê-las tomar lugar. Os pequenos cabides, ainda vazios, já estão lá espera. Assim como esse pai, que aos poucos vai vendo o fim de uma viagem.

Hoje tem ultra, mais um encontro com os sons e imagens de minha pequena Teresa. Por enquanto é assim. Uma tela, sons de máquina, conversas ao pé do umbigo e o tato revelando doces movimentos da pequena bailarina, que espero que dance como a bisa e o bisô que já partiram, mas que encantavam com passos leves - o pai é um verdadeiro armário, mais desajeitado do que o que está no quarto de Teresa.

Daqui a pouco, ela vai dançar de verdade e o real vai se tornar ainda maior. Só que Teresa, desde antes de ser um girino, já era real e está presente em tudo que nos cerca. No carrinho encostado no quarto, nas roupinhas escolhidas com carinho, nos exageros de sapatos na gaveta, na pequena CDteca, nos primeiros brinquedos, no pequeno Yoda de pelúcia que o pai nerd escolheu e, principalmente, no clima de felicidade que faz de casa algo tão especial. 

2 comentários:

  1. logo o quarto será pequeno para tantas roupas, sapatos e brinquedos. delícia em se esparramar pela casa toda!!!

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