Uma parede quase roxa encheu de cor o quarto branco. Nela
vai estar o quadro verde de Van Gogh. Logo, ele vai estar pendurado bem em cima
do berço que, por enquanto, adormece em caixas. Ainda falta aparafusar o sofá-cama,
dar um jeito no gaveteiro, esperar pela cadeira de balanço e torcer para que o
armário agüente a movimentação de hoje, para as gavetas retornarem às suas
posições e os pequenos sapatos de minha pequena centopeia voltarem ao lugar. Falta
também tirar as roupas das malas, passar pela máquina e, depois de lavadas, vê-las
tomar lugar. Os pequenos cabides, ainda vazios, já estão lá espera. Assim como esse pai, que
aos poucos vai vendo o fim de uma viagem.
Hoje tem ultra, mais um encontro com os sons e imagens de
minha pequena Teresa. Por enquanto é assim. Uma tela, sons de máquina,
conversas ao pé do umbigo e o tato revelando doces movimentos da pequena
bailarina, que espero que dance como a bisa e o bisô que já partiram, mas que
encantavam com passos leves - o pai é um verdadeiro armário, mais desajeitado do que o que está no quarto de Teresa.
Daqui a pouco, ela vai dançar de verdade e o real vai se
tornar ainda maior. Só que Teresa, desde antes de ser um girino, já era real e
está presente em tudo que nos cerca. No carrinho encostado no quarto, nas
roupinhas escolhidas com carinho, nos exageros de sapatos na gaveta, na pequena CDteca, nos primeiros brinquedos, no pequeno Yoda de pelúcia que o pai nerd
escolheu e, principalmente, no clima de felicidade que faz de casa algo tão
especial.
logo o quarto será pequeno para tantas roupas, sapatos e brinquedos. delícia em se esparramar pela casa toda!!!
ResponderExcluirTodos à espera de Teresa! <3
ResponderExcluir