Pai de menina. Para o mundo troglodita, você vira fornecedor.
Foram alguns comentários assim. "Agora
você vai pagar pelo que fez". Eu? Pagar? Na boa, quero muito que Teresa seja uma
pessoa feliz em todas as áreas, incluindo a sexual.
Só tenho medo desses tempos. Dos babacas que rondam por aí,
com suas câmeras de celulares. Fazemos coisas quando amamos das que podemos nos
arrepender depois. O problema é que, hoje, todos estão expostos a câmeras
escondidas e celulares. As merdas são mais vistas e podem ser
compartilhadas. Uma bobeira e tudo fica aqui, na rede, ao alcance do Google.
Antigamente, as merdas se transformavam em causos contados
nos churrascos por amigos para amigos por anos seguidos. Velhas histórias
eternizadas na cultura verbal, no subconsciente coletivo. Hoje, elas são
abertas para todos, eternizadas em vídeo, com qualidade HD e eternizada em
bits.
Essa é uma realidade que Teresa vai ter que enfrentar. Essa
superexposição virtual que vivemos mesmo sem querer. Dê um Google no seu nome e
veja quantos registros existem sem você saber. Qualquer descuido está lá. Como
pai, o maior desafio é mostrar à minha filha que esses riscos existem e torcer
para que quando ela fizer uma merda – afinal, todos fazemos merdas – que isso não
se torne público.
É, o que começou como piada se tornou um papo sério. Então,
só para relaxar, vou começar a estocar esmalte azul.
Hahahahhahahahahaha
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