quarta-feira, 27 de março de 2013

Macho Alfa

Será que eu vou ser assim?




Pai de menina. Para o mundo troglodita, você vira fornecedor. Foram alguns comentários assim. "Agora você vai pagar pelo que fez". Eu? Pagar? Na boa, quero muito que Teresa seja uma pessoa feliz em todas as áreas, incluindo a sexual.

Só tenho medo desses tempos. Dos babacas que rondam por aí, com suas câmeras de celulares. Fazemos coisas quando amamos das que podemos nos arrepender depois. O problema é que, hoje, todos estão expostos a câmeras escondidas e celulares. As merdas são mais vistas e podem ser compartilhadas. Uma bobeira e tudo fica aqui, na rede, ao alcance do Google.

Antigamente, as merdas se transformavam em causos contados nos churrascos por amigos para amigos por anos seguidos. Velhas histórias eternizadas na cultura verbal, no subconsciente coletivo. Hoje, elas são abertas para todos, eternizadas em vídeo, com qualidade HD e eternizada em bits.

Essa é uma realidade que Teresa vai ter que enfrentar. Essa superexposição virtual que vivemos mesmo sem querer. Dê um Google no seu nome e veja quantos registros existem sem você saber. Qualquer descuido está lá. Como pai, o maior desafio é mostrar à minha filha que esses riscos existem e torcer para que quando ela fizer uma merda – afinal, todos fazemos merdas – que isso não se torne público.  

É, o que começou como piada se tornou um papo sério. Então, só para relaxar, vou começar a estocar esmalte azul. 

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