Essa foi a pergunta de duas grandes amigas ontem: e aí, você
vai chorar?
Lógico que vou. Vou me acabar de chorar. Só não vou dar
vexame porque sei que a mãe vai precisar de mim, mas não tem como não chorar.
Tenho um certo medo das minhas emoções. Me conheço. Sou um cara
controlado, mas quando a emoção bate forte, vem meu lado chorão. Vendo o vídeo
de um grande amigo, perdido ao lado da maca da mãe, chorando como uma criança,
na emoção do seu segundo filho, tive a certeza que o choro vai ser o mais
suave.
O coração está bem, forte, testado na esteira da Clínica São
José. Só que não sei o que a adrenalina vai fazer de mim. Só de escrever já me
emociono. Vendo o filho dos outros nascer já choro, imagina no momento em que a
pequena Teresa aparecer, chorando. Não tem como, vou ter que acompanhar minha
filha e abrir o berreiro.
Só espero que ela seja a única pessoa carregada na sala de
parto. Essa samambaia aqui tem algumas missões e precisa aguentar forte até o
fim. Levar Teresa até o berçário, acompanhar ela ser medida, pesada, etiquetada
(tarefas passadas há muito tempo pela mãe) e ter forças para exibi-la pelo
vidro. Um longo processo, que tenho certeza absoluta, que passarei com muitas
lágrimas felizes nos olhos.
Eu já te vejo chorando; passando a mão no nariz, pra cima claro; beijando a Carla; seus lábios apertados e as lágrimas caindo. Você vai dar conta do recado, vai fazer mais do que decorar o ambiente!
ResponderExcluirMas a minha maior curiosidade na verdade nem é ver a Teresa em si, é ver você com ela. Vê-la nos seus braços, ver seu olhar. Coisas pequenas que imagino meu irmão mais velho fazendo com sua primeira filha.
É GG, está chegando. Sua alegria vai ganhar forma, som e cheiro.
Teresa virá na hora dela (meu bolão é para o dia 3 tá afilhada) e vocês dois vão dar conta do recado muito bem.
Estou aguardando o telefonema para pegar o avião e ir conhecê-la.