quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Você vai chorar?

Essa foi a pergunta de duas grandes amigas ontem: e aí, você vai chorar?

Lógico que vou. Vou me acabar de chorar. Só não vou dar vexame porque sei que a mãe vai precisar de mim, mas não tem como não chorar.

Tenho um certo medo das minhas emoções. Me conheço. Sou um cara controlado, mas quando a emoção bate forte, vem meu lado chorão. Vendo o vídeo de um grande amigo, perdido ao lado da maca da mãe, chorando como uma criança, na emoção do seu segundo filho, tive a certeza que o choro vai ser o mais suave.

O coração está bem, forte, testado na esteira da Clínica São José. Só que não sei o que a adrenalina vai fazer de mim. Só de escrever já me emociono. Vendo o filho dos outros nascer já choro, imagina no momento em que a pequena Teresa aparecer, chorando. Não tem como, vou ter que acompanhar minha filha e abrir o berreiro.

Só espero que ela seja a única pessoa carregada na sala de parto. Essa samambaia aqui tem algumas missões e precisa aguentar forte até o fim. Levar Teresa até o berçário, acompanhar ela ser medida, pesada, etiquetada (tarefas passadas há muito tempo pela mãe) e ter forças para exibi-la pelo vidro. Um longo processo, que tenho certeza absoluta, que passarei com muitas lágrimas felizes nos olhos.  

Um comentário:

  1. Eu já te vejo chorando; passando a mão no nariz, pra cima claro; beijando a Carla; seus lábios apertados e as lágrimas caindo. Você vai dar conta do recado, vai fazer mais do que decorar o ambiente!
    Mas a minha maior curiosidade na verdade nem é ver a Teresa em si, é ver você com ela. Vê-la nos seus braços, ver seu olhar. Coisas pequenas que imagino meu irmão mais velho fazendo com sua primeira filha.
    É GG, está chegando. Sua alegria vai ganhar forma, som e cheiro.
    Teresa virá na hora dela (meu bolão é para o dia 3 tá afilhada) e vocês dois vão dar conta do recado muito bem.
    Estou aguardando o telefonema para pegar o avião e ir conhecê-la.

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